domingo, 21 de agosto de 2011

Produtor rural vira instrutor de voo para acompanhar urubu de estimação


á imaginou uma pessoa ensinando um pássaro a voar? O "Zona de Impacto" foi até Minas Gerais em busca de uma curiosa história de amor pelo esporte. O protagonista é o produtor rural Célio da Silva, que tem como mascote um urubu. Para que a ave conseguisse voar, o dono precisava ir junto com a ave e a solução foi aprender a pilotar um parapente. Hoje, Célio e Loira - como é chamado o urubu - são companheiros nas alturas.
- Há sete anos, eu estava no meu sítio tocando gado quando meu cachorro começou a latir. Quando fui ver, ele tinha matado a mãe e o filhote (de urubu). Na hora que eu fui enterrar os dois, percebi que tinha mais um, bem peladinho, e meu filho falou: "Leva pai". Fiquei cuidando e tal, começou a andar, meio capenga, começou a me seguir. Chamei a guarda florestal, mas não apareceu. Até que ele começou a querer voar, e eu, de bicicleta, fui ajudando, mas ele voava e caía, voava e caía. Até que um amigo meu falou: "Você vai ter que voar para ver se esse bicho voa". Aí fui fazer o paragliding - relembrou Célio.
Para isso, o produtor rural se empenhou e começou a praticar o paragliding até se tornar instrutor de voo. Ele deixou o gado de lado para se dedicar às aulas. E atualmente faz voo duplo.
parapente urubu gabriel moojen zona de impacto sportv (Foto: Divulgação SporTV)Loira, Célio e Gabriel
- O primeiro voo que eu fiz eu achei que ela ia embora. Eu fiz o voo, e pousei, ela pousou quase que no meu pé. Agora, que ela já tá mais velha, tende a achar a termal. Então eu que sigo ela agora, ela que me mostra o caminho do voo - disse.
O agricultor, que tem o sonho de voar no Maracanã e pousar no escudo do Flamengo, controla os horários e a dieta de Loira rigorosamente para prolongar a vida do animal, que pode chegar aos 100 anos. Durante os passeios, ele e o urubu trabalham em duplas para encontrar as térmicas, correntes de ar quente que fazem com que o atleta e a ave alcancem mais altitude.
- Aqui é bem propício, as termais são bem fortes. Não é como no litoral, que é mais tranquilo. Aqui é um voo mais de térmica e nisso a Loira me ajuda, porque ela bate nas termais e sobe e eu vou atrás dela - explicou.

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