segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Paraquedistas brasileiros batem recorde sul-americano de formação

Técnica e dedicação resumem a tentativa de 102 paraquedistas brasileiros de superar o recorde nacional e sul-americano de formação em queda livre, superando a antiga marca de 82 atletas. O feito aconteceu no céu do Arizona (Estados Unidos), reunindo atletas de todo país, cinco aviões e muito treinamento. O apresentador do "Zona de Impacto", Gabriel Moojen, viajou para Minas Gerais para conversar com três atletas que participaram do recorde e saber um pouco mais sobre essa modalidade, cujo objetivo é compor imagens em pleno ar (assista ao vídeo).
Depois de muitos treinamentos no Brasil, o grupo partiu para a cidade de Eloy em abril de 2011. A dificuldade deste salto é tanta que, no mundo, apenas cinco países já realizaram o feito reunindo mais de 100 atletas. Dentre os paraquedistas que integraram a equipe “Brazilian Dream Team”, como ficou conhecida, estavam os mineiros Sérgio da Silva, o “Zuza”, Vinícius Salveira e Lincoln Sabino Filho
- O salto de grande formação é muito mais psicológico, é do preparo mental que a pessoa tem, do que de voo. Se um não entra, como aconteceu no penúltimo salto antes do recorde, todo o grupo fica comprometido. Então, todos precisam estar focados no objetivo que era o recorde de paraquedistas da mesma nacionalidade - explicou Lincoln.
Os brasileiros só precisaram de cinco dias do evento para cumprir seu objetivo. Isso se deu graças ao preparo que os atletas tiveram no Brasil. Antes de saltar, os paraquedistas precisam saber exatamente o que fazer para que a figura seja formada sem acidentes.
- Aquela figura é pré combinada. Antes do salto, cada um tem um lugar certo para ficar. Não adianta só chegar e dar as mãos em queda livre, você tem um lugar certo, pré determinado para ficar. Cada um sabe certinho onde cada um está localizado na figura. Em uma formação grande, um avião só não comporta e, por isso, foram usados cinco aviões, cada um com 20 paraquedistas. E aí foi toda uma engenharia do salto, porque os aviões precisam voar próximos. Na parte que sai o avião principal, os outros precisam estar voando mais baixo, para que na hora de saltar, todos se aproximem mais rápido - disse Vinícius.
- A gente começou treinando em grupos separados. Eu estava no grupo que chamamos de base, que no caso são os maiores, mas pesados, então nós ficamos no meio. Era uma base de 30 pessoas e dessa base saiam os braços de formação dessa figura - relembrou Zuza.

O recorde mundial desta modalidade conta com nada menos que 400 paraquedistas reunidos para formar uma só figura no ar. Os brasileiros ainda precisam treinar mais para superar esta marca, mas afirmam que já têm um projeto para voltarem aos Estados Unidos em 2012, com uma equipe de 120 a 150 integrantes.
- Nós estamos acostumados a saltar. Temos time para competir em outras modalidades de paraquedismo. No final de semana trabalhamos aqui na Serra do Cipó (Minas Gerais), mas isso é uma realização pessoal. Você vê amigos do Brasil inteiro se reunindo em um objetivo só. Quando a gente bate o recorde é uma emoção só - afirmou Vinícius.

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